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segunda-feira, 30 de julho de 2012

Desenredo

Cena no Lago Igapó

segunda-feira, 20 de junho de 2011

CineSesc - 20 a 22 de junho

16h30 – Sessão da tarde

Kirikou – os animais selvagens
Michel Ocelot e Bénédicte Galup
Livre
71 min
Do fundo da sua Caverna Azul, o Avô de Kirikou declara: “A história de Kirikou continua. No primeiro filme, não havia tempo para contar tudo o que Kirikou conseguiu fazer. Meu neto viveu muitas coisas legais, que não devemos esquecer. Ouça, então, enquanto eu conto a você mais histórias sobre Kirikou...”. Assim, o avô de Kirikou começa a narrar como o esperto menininho aprendeu a ser jardineiro, detetive, artesão, comerciante, viajante e doutor... enquanto continuou sendo sempre o menor e o mais bravo dos heróis.

20h - Mostra Curta Adulto

Salto Triplo - Srdjan Vuletic
14 anos
16 min
Um casal se separa durante os Jogos Olímpicos de Inverno, em 1985. Nove anos mais tarde, os dois se reencontram em lados opstos do terrível conflito entre os Servios e os muçulmanos de Saravejo.

Lágrimas Napolitanas - Francesco Satta
14 anos
18 min
Dois homens de personalidades opostas se enfrentam em um trem Nápolis-Milão na véspera do Natal. No fundo, a paisagem é colorida como cartões postais antigas.

Pedaços do meu coração - Peter Stauch
14 anos
15 min
A funcionária Sarah e o desenhista de páginas WEB Stefan são jovens, audazes e estão namorando, vivendo uma relação passional. Para eles não existe nada mais que o amor de um pelo outro.

A Camiseta - Hassein Martin Fazeli
14 anos
10 min
Metade americano, metade eslovaco, Mark tem convicções firmes. Durante uma viagem à Eslováquia, em um bar, ele encontra Tomas, que veste uma camiseta que coloca em questão algumas dessas convicções.

Tango Argentino - Guy Thys
14 anos
14 min
André conhece a dançarina de tango Suzanne pela internet. Ele pede a Frans, seu colega de oficina, que lhe ensine passos do ritmo, uma vez que faltam apenas duas semanas para o próximo baile.

O Ladrão - Irina Boiko
14 anos
16 min
Alexandros, de cinco anos, está feliz: vai passar férias maravilhosas na aldeia de sua avó, na companhia de sua prima Dina. Ele está disposto a tudo para impressioná-la. O problema é que, na sua idade, é comum ignorar o sentido de certas palavras.

A Copiadora - Virgil Widrich
14 anos
12 min
Um homem acorda e vai para o trabalho em uma copiadora. Quando testa a máquina pela manhã, acaba tirando uma cópia de sua mão, por engano. A partir daí, a copiadora passa a reproduzir outras partes de seu corpo. Assustado, ele deixa o local – mas passa a ver, desde este dia, cópias e mais cópias de si mesmo.

domingo, 8 de maio de 2011

Esquadros - Adriana Calcanhotto

Eu ando pelo mundo
Prestando atenção em cores
Que eu não sei o nome
Cores de Almodóvar
Cores de Frida Kahlo
Cores!

Passeio pelo escuro
Eu presto muita atenção
No que meu irmão ouve
E como uma segunda pele
Um calo, uma casca
Uma cápsula protetora
Ai, Eu quero chegar antes
Prá sinalizar
O estar de cada coisa
Filtrar seus graus...

Eu ando pelo mundo
Divertindo gente
Chorando ao telefone
E vendo doer a fome
Nos meninos que têm fome...

Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
Quem é ela? Quem é ela?
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle...

Eu ando pelo mundo
E os automóveis correm
Para quê?
As crianças correm
Para onde?
Transito entre dois lados
De um lado
Eu gosto de opostos
Exponho o meu modo
Me mostro
Eu canto para quem?

Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
Quem é ela? Quem é ela?
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle...

Eu ando pelo mundo
E meus amigos, cadê?
Minha alegria, meu cansaço
Meu amor cadê você?
Eu acordei
Não tem ninguém ao lado...

Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
Quem é ela? Quem é ela?
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle...

Eu ando pelo mundo
E meus amigos, cadê?
Minha alegria, meu cansaço
Meu amor cadê você?
Eu acordei
Não tem ninguém ao lado...

Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
Quem é ela? Quem é ela?
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle...

http://www.youtube.com/watch?v=WfOu66jJG7I&feature=player_embedded

terça-feira, 8 de março de 2011

NÃO SEI DANÇAR

Uns tomam éter, outros cocaína.
Eu já tomei tristeza, hoje tomo alegria.
Tenho todos os motivos menos um de ser triste.
Mas o cáculo das probabilidades é uma pilhéria...
Abaixo Amiel!
E nunca lerei o diário de Maria Bashkirtseff.

Sim, já perdi pai, mãe, irmãos.
Perdi a saúde também.
É por isso que sinto como ninguém o ritmo do jazz-band.

Uns tomam éter, outros cocaína.
Eu tomo alegria!
Eis aí por que vim assistir a este baile de terça-feira gorda.

Mistura muito excelente de chás...

Esta foi açafata...

— Não foi arrumadeira.
E está dançando como o ex-prefeito municipal:
Tão Brasil!

De fato este salão de sangues misturados parece o Brasil...
Há até a fração incipiente amarela
Na figura de um japonês.
O japonês também dança maxixe:
Acugêlê banzai!

A filha do usineiro de Campos
Olha com repugnância
Para a crioula imoral.

No entanto o que faz a indecência da outra
É dengue nos olhos maravilhosos da moça.
E aquele cair de ombros...
Mas ela não sabe...
Tão Brasil!

Ninguém se lembra de política...
Nem dos oito mil quilômetros de costa...
O algodão do Seridó é o melhor do mundo?...Que me importa?
Não há malária nem moléstia de Chagas nem ancilóstomos.
A sereia sibila e o ganzá do jazz-band batuca.
Eu tomo alegria!

MANUEL BANDEIRA

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Índios - Legião Urbana

Composição: Renato Russo

Quem me dera

Ao menos uma vez

Ter de volta todo o ouro
Que entreguei a quem
Conseguiu me convencer
Que era prova de amizade
Se alguém levasse embora
Até o que eu não tinha

Quem me dera
Ao menos uma vez
Esquecer que acreditei
Que era por brincadeira
Que se cortava sempre
Um pano-de-chão
De linho nobre e pura seda

Quem me dera
Ao menos uma vez
Explicar o que ninguém
Consegue entender
Que o que aconteceu
Ainda está por vir
E o futuro não é mais
Como era antigamente.

Quem me dera
Ao menos uma vez
Provar que quem tem mais
Do que precisa ter
Quase sempre se convence
Que não tem o bastante
Fala demais
Por não ter nada a dizer.

Quem me dera
Ao menos uma vez
Que o mais simples fosse visto
Como o mais importante
Mas nos deram espelhos
E vimos um mundo doente.

Quem me dera
Ao menos uma vez
Entender como um só Deus
Ao mesmo tempo é três
Esse mesmo Deus
Foi morto por vocês
Sua maldade, então
Deixaram Deus tão triste.

Eu quis o perigo
E até sangrei sozinho
Entenda!
Assim pude trazer
Você de volta pra mim
Quando descobri
Que é sempre só você
Que me entende
Do iní­cio ao fim.

E é só você que tem
A cura do meu vício
De insistir nessa saudade
Que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.

Quem me dera
Ao menos uma vez
Acreditar por um instante
Em tudo que existe
E acreditar
Que o mundo é perfeito
Que todas as pessoas
São felizes...

Quem me dera
Ao menos uma vez
Fazer com que o mundo
Saiba que seu nome
Está em tudo e mesmo assim
Ninguém lhe diz
Ao menos, obrigado.

Quem me dera
Ao menos uma vez
Como a mais bela tribo
Dos mais belos índios
Não ser atacado
Por ser inocente.

Eu quis o perigo
E até sangrei sozinho
Entenda!

Assim pude trazer
Você de volta pra mim
Quando descobri
Que é sempre só você
Que me entende
Do início ao fim.

E é só você que tem
A cura pro meu vício
De insistir nessa saudade
Que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.

Nos deram espelhos
E vimos um mundo doente
Tentei chorar e não consegui.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Considerações sobre a arte "Callejera"!

Após muito estudo e leitura, cada dia mais vejo que ser artista é uma mera questão de puro trabalho, e nada mais. Sem esse papo de talento, dom, destino ou qualquer coisa do tipo. O que determina o sucesso nesta profissão é a vocação. Tudo é fruto das nossas disposições e vontades.
isso se reforçou ainda mais quando vi em um vídeo do Palhaço Chacovachi e a Palhaça Maku Jarrak, falam sobre as vantagens de ser um artista de rua. O artista de rua é livre. Um artista de rua possui a liberdade física, financeira e psíquica. Liberdade Física porque não precisa de um espaço específico, não precisa agendar, não tem paredes que o cerquem, ele pode ser apresentar em todos os lugares (é fato que existem alguns ditadores dificultando isso em alguns lugares mas isso não está em questão agora). Financeira porque se não pode trabalhar em um determinado lugar, pode se deslocar para outro e assim conseguir o dinheiro que precisa. E Psíquica, porque não precisa ser um grande artista. Não precisa ser reconhecido, ou fazer algo jamais visto antes, só precisa ser.

Um artista de rua está definitivamente condenado a ser livre, como diria Sartre.

Uma condenação fascinante...

Para quem queira ver o vídeo, acesse
Está em espanhol, mas é fácil de compreender.

Até logo!

Obs.: Sigam-me ou comentem para que eu saiba que alguém esteve aqui!

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

TÉDIO (com um T bem grande pra você) - Legião Urbana

Composição: Renato Russo

Moramos na cidade, também o presidente
E todos vão fingindo viver decentemente
Só que eu não pretendo ser tão decadente não

Tédio com um T bem grande pra você

Andar a pé na chuva, às vezes eu me amarro
Não tenho gasolina, também não tenho carro
Também não tenho nada de interessante pra fazer

Tédio com um T bem grande pra você

Se eu não faço nada, não fico satisfeito
Eu durmo o dia inteiro e aí não é direito
Porque quando escurece, só estou a fim de aprontar

Tédio com um T bem grande pra você