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sábado, 20 de fevereiro de 2010

Fazendo as malas...

Estou me preparando para voltar à labuta...
Há tempos não me sinto tão emplogada, uma vontade louca de estudar, trabalhar, cuidar da minha casinha, fazer comidinhas, rever os amigos...
Tenho pra mim que agora que o ano começa de verdade ele vai ser melhor do que o que passou...
Muitas coisas novas, muitos projetos novos, tudo renovado!
Estou perdidamente apaixonada por tudo o que estava adormecido dentro de mim, chegou a hora de recomeçar...
Vamos à luta!

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Como não se tornar um crítico ?

De uns tempos pra cá tenho me preocupado muito com meu senso crítico, pois dificilmente assisto algum espetáculo que me agrada. Sempre tem algo que me incomoda muito, que eu acho não é bom... Isso é natural quando se assiste muita coisa...
O senso crítico se desenvolve naturalmente, e mesmo que um espetáculo não seja bom, ainda assim vale a pena assistir e saber o porque não é bom, assim que se aprende a fazer teatro. No começo gostamos de tudo o que vemos... Pois é magico assistir teatro, assim como cinema, televisão, literatura, artes plásticas, música e qualquer tipo de manifestação artística... A gente muitas vezes gosta de tudo o que conhece pois não conhece mesmo muita coisa... Então cabe na nossa cabeça todo tipo de informação que chega... Por isso, a falta de senso crítico não é culpa nossa, nem dos nossos pais, enfim a culpa é do planeta em que a gente vive, que enfia a cultura de massa na nossa cabeça e nos faz ter preguiça de buscar algo mais interessante, pois acreditamos que só é bom aquilo que chega pra gente, é um círculo vicioso que sugere uma discussão mais profunda...
Mas, voltando ao assunto, hoje eu gostaria de falar da outra face do problema... Quando se vê coisas demais, e passa não achar graça naquilo, percebe-se que as receitas se repetem, que o trabalho não é levado a sério, ou mesmo que simplesmente não agrada, mesmo que tudo esteja correto... É um risco que se corre quando se escolhe uma profissão, você pode não ser um bom profissional, mas aprende a avaliar os outros rapidinho... O problema é que aquilo que você mais gostava, começa a não ser mais tão emplogante, pois você já se acotumou e percebe que todos tem dificuldades como você...
Estava difícil me emocionar ou me divertir com um espetáculo ultimamente... Mas ontem eu vi algo que me deixou realmente aliviada. Um espetáculo de bonecos chamado "Zero" da Cia. Mevitevendo, no Sesc de Rio Preto, que era simplesmente lindo! Grandes atores, bonito cenário, bom figurino, bonecos lindos, trilha delicada, um espetáculo de muita sensibilidade! Márcia Adriana Fernandes Silva e Cleber Pereira Laguna estão de parabéns pela responsabilidade em optar por Teatro de Animação e por Teatro para Criança, e fazer isso com maestria, sem cair nos clichês destas duas vertentes tão marginalizadas por profissionais incompetentes que optam por elas justamente por não saber o quanto são difíceis de fazer. Pois então, graças ao espetáculo da Mevitevendo, eu me lembrei o porquê de escolher esta profissão... É porque apesar de tudo, ainda existem profissionais como estes, que levam a coisa a sério, que trabalham com prazer, que emocionam o seu público, que respeitam o seu público por saber que ele é parte fundamental no processo de criação, e porque antes de gostar de ser atriz, eu gosto de ser público!

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

O LIMITE DA MEDIOCRIDADE ALCANÇADA

Eu li este artigo e tinha guardado no meu computador, só hoje decidi divulgá-lo...
Acho um pouco radical quando ele fala de teatro comercial e projeto escola, mas é porque na maioria das vezes as pessoas realmente não levam isto a sério, mas eu acredito no valor do teatro comercial, e penso que o preconceito só acontece porque é o que mais se vê por aí... Enfim, ele se posiciona de forma inteligente e eu concordo com a sua posição... LEIAM!


O LIMITE DA MEDIOCRIDADE ALCANÇADA

Por Julio Carrara - 19/12/06


Eu gostaria de saber o que acontece com determinados “atores”. O que querem afinal? Ser ator ou ser famoso? Ser ator é uma coisa e ser famoso é outra, completamente diferente.
É fácil ficar famoso. Olhem os mandamentos abaixo
1. Tenha um corpo sarado e um rostinho angelical.
2. Seja fútil.
3. Não precisa saber falar corretamente o português.
4. Ande por aí sem calcinha.
5. Tenha muita grana.
6. Se inscreva no “Big Brother“.
7. Se conseguir entrar naquela merda, pode ter certeza que ao sair de lá, você imediatamente pousará no Paparazzo, Playboy ou G Magazine, em fotos sensuais.
8. Posteriormente entrará num programa humorístico de péssima qualidade ou ganhará um papel de coadjuvante numa novela do horário nobre, mesmo sem ser capacitado para isso.
9. Pra que ser capacitado, se você pode ser namorada(o) de algum diretor conceituado? Pode ter certeza que ele irá te escalar pra sua próxima novela.
10. Se não conseguir nada disso, faça um filme pornô. Muitos artistas começaram assim.
Siga corretamente essas dicas que, mais cedo ou mais tarde, você será uma celebridade. Eu lhe garanto.Mas tome cuidado. Depois de um tempo, essas celebridades instantâneas entram em órbita, caem no esquecimento e nunca mais ouve-se falar nelas.
Agora, entrarei num assunto que realmente me interessa. Ser ator. Não existe dez mandamentos para ser um bom ator.
Existe muito mais. É uma profissão extremamente complexa.
Antes de se desenvolver como ator, você tem que se desenvolver como ser humano. Como você vai interpretar, Hamlet ou Ofélia, se a sua alma é muito inferior à desses personagens? Se o seu ego é maior que a sua humildade e generosidade?
Se você procura contato com a platéia apenas por egocentrismo e vaidade? Se ama VOCÊ no TEATRO e não o TEATRO em VOCÊ?
Tenho certeza que muitos artistas não sabem o que estão fazendo quando estão em cena, qual a sua função social, o que pretendem atingir. Esses infelizes saem de uma escolinha de teatro qualquer, onde atuaram em grandes clássicos da dramaturgia universal como “As Bruxas de Salém“, por exemplo.
Fazem uma ou duas apresentações para os familiares e amigos, que acham tudo maravilhoso e após o término do curso, enchem a boca para dizer que são atores profissionais, só porque tem a porra do DRT nas mãos.
Grande bosta. Já trabalhei com muitos amadores que eram muito mais profissionais do que com àqueles que tem a carteira assinada e sua profissão regulamentada.
Hoje, a nossa profissão virou piada.
Qualquer um pode ter DRT. É só pagar.
E aquele ator talentoso, que não tem como pagar a taxa pra SATED,tem que dar um trampo de garçom, pintar a cara de branco, colocar uma bola vermelha no nariz e subir no palco como se estivesse animando festinhas de crianças nos Projetos Escolas da vida, tratando o público infantil como debilóides (coisa que não são), para conseguir grana pra pagar suas contas e a taxa abusiva do Sindicato pra conseguir o tão desejado DRT.
O grau de analfabetismo é tanto, que certa vez, nos bastidores de um teatro onde seria apresentada “Lisístrata“, uma atriz, chegou no camarim, “desesperada” e disse para outras atrizes que o Aristófanes estava na platéia. Todas sacaram a brincadeira, exceto uma, que acreditou realmente.
- Nossa - disse ela - ele veio da Grécia pra cá?


E todas riram da garota, evidentemente. Bem, nem tudo estava perdido. Pelo menos ela sabia que Aristófanes era grego.
Falta informação, faltam profissionais realmente capacitados, faltam bons orientadores. A classe artística é muito desunida e individualista. Por isso a Cultura está essa merda. É preciso urgentemente fazer alguma coisa. Senão, o que será do Teatro daqui há 10 anos?
Têm pessoas que vomitam teorias mas agem pouco. São puros punheteiros recém-saídos de alguma escolinha, que em seus devaneios em bares ou botecos decadentes, sonham com um modelo do teatro ideal. Mas a única coisa que conseguem atingir é o limite da mediocridade alcançada. Só.
Por isso (há exceções, evidentemente), o teatro está tão frouxo. Ou temos espetáculos comerciais ou espetáculos que não passam de masturbação mental que não dizem absolutamente nada.
Para finalizar, transcrevo aqui uma frase do grande Goethe: “Eu queria que o palco fosse uma corda bamba onde nenhum incompetente ousasse caminhar.”

Este artigo foi retirado do site http://oficinadeteatro.com/

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Inauguração...

Bem, pra começar gostaria de deixar um pouco das minhas intenções pra 2010 aqui, pois serão delas que surgirão assuntos pra escrever...
Começo meu segundo ano da faculdade de Artes Cênicas, onde pretendo ter um maior aprveitamento tendo em vista o ano anterior... Estou mais madura, mais experiente, e já soube que vou ter muito tempo para trabalhar sozinha, individualmente, o que é um problema e uma solução ao mesmo tempo...
Quando não estiver envolvida com os trabalhos da Universidade, pretendo começar a me arriscar como diretora, encenadora, ou apenas colaboradora em um solo de palhaço do meu parceiro de trabalho Tiago Marques... Continuarei batalhando também como produtora para arrumar tempo e espaço para o espetáculo já existente, "O Palhaço e A Bailarina"...
Dentro e fora disso pretendo continuar, com disciplina força e coragem me expressando por aqui, falando em coisas de minha vida pessoal, profissional, espiritual, social... enfim, no meu caso tudo isso se mistura mesmo...
Abraços e Apernas se alguém por acaso aparecer por aki!

P.S.:Não posso deixar de creditar a foto a Marke Fotos Estúdio Fotográfico